Friday, September 22, 2006

Série Mergulho no Palco



Viemos tornar público o resultado da Bolsa Intérprete-Criador para:

Marcela Reichelt
Mônica Siedler

Agradecemos a todos que enviaram os seus materiais e contribuiram para o nosso programa.


Apoio Cultural

Monday, September 04, 2006

2ª Edição - "O Porco" - 21 de setembro

"O Porco"

Fotos: Sérgio Massa

“Só me inquietava um som estranho que vinha do matadouro”

Com Henrique Schafer, indicado para o Prêmio Shell 2005 de Melhor Ator




Texto: El Cerdo, de Antonio Andres Lapeña

Tradução (do espanhol): Eliana Teruel

Baseado no original francês

Strategie pour deux jambons, de Raymond Cousse



Direção de Antonio Januzelli

Com Henrique Schafer

Produção de Zezéh Dornellas



Iluminação, espaço cênico e figurino:

Antonio Januzelli e Henrique Schafer

Duração: 50 minutos


O espetáculo estreou em 12 de novembro de 2004,
no Viga Espaço Cênico, São Paulo



Série Mergulho no Palco



UMA PEÇA QUE FAZ REFLETIR



Monólogo aclamado pela crítica em 2005, O PORCO será encenado no Teatro Ademir Rosa (CIC), dia 21 de setembro, quinta-feira da próxima semana, às 20 horas. Polêmica, a peça retrata as reflexões de um porco antes do abate. Por onde já passou, O PORCO provocou sentimentos e emoções, sendo sucesso de crítica e público. Este é o segundo espetáculo apresentado pela SÉRIE MERGULHO NO PALCO, projeto que tem o objetivo de promover o contato do público com trabalhos cênicos diferenciados. A platéia sobe no palco para assistir a peça, no mesmo espaço da encenação. No mês passado, o MERGULHO NO PALCO apresentou a Cia Aérea de Dança, de Florianópolis, com Valsa Aérea, de Nelson Rodrigues.



O PORCO tem como foco o trabalho de ator, seu corpo em uma relação crua e sensível com a concretude do espaço onde se realiza o ato teatral. E isso é muito bem representado no monólogo de Henrique Schafer, indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator em 2005. A peça é inspirada no romance Strategie pour deux jambons, do francês Raymond Cousse, escrito em 1978. O escritor fez uma versão para o teatro encenada por ele mesmo. O sucesso foi grande em toda a Europa. Desde então, a peça vem sendo montada em vários países. Esta primeira montagem no Brasil é baseada na versão do dramaturgo espanhol Antonio Andrés Lapeña, que também dirigiu a peça na Espanha e foi muito bem recebida pela crítica e pelo público.



Sem cenários especiais e nada de artifícios cênicos (além de um balde!), a platéia de O PORCO é tomada por surpresas que deixam o espectador com o olhar fixo na cena, quase hipnótico. São 50 minutos em que o porco (uma extensão do ator ou vice-versa) prende o público relembrando momentos de sua existência. Nessa reconstituição da trajetória, fala de seus antepassados, sua família, sua condição social e seus desejos. Não há metáforas. O que se ouve é o que se fala, ainda que prevaleça um jogo entre o que se expressa e o que se sente. Um jogo que se traduz em um passeio pelo “porão animal do homem a caminho do abate”.



A origem desta encenação deu-se no Lince – Laboratório do Ator, do Departamento de Artes Cênicas, da Universidade de São Paulo (USP), coordenado por Antonio Januzelli, que investiga as bases expressivas do ator contemporâneo. A direção é do próprio Antonio Januzelli, ator, diretor, professor e pesquisador das práticas do ator no Departamento de Artes Cênicas e na Escola de Arte Dramática da USP.



Em cena está Henrique Schafer, graduado em Licenciatura em Artes Cênicas (USP). Ator com formação técnica no Conservatório Carlos Gomes, de Campinas, Henrique se dedica também a projetos pedagógicos teatrais junto a diversas instituições.

Fotos 2ª Edição



Henrique Schafer





Henrique Schafer e o diretor Antônio Januzelli, durante o bate-papo







O público permaneceu em grande maioria durante o debate e pode aproveitar um segundo momento com o diretor Janô.